sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Nos Domínios Do Espírito


Nos Domínios Do Espírito

Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há lei. E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências. Se vivemos em Espírito, andemos também em Espírito. (Gálatas 5:22-25)

Introdução

Todo crente regenerado é do Espírito (veja 1Coríntios 6.19). O Seu desafio logo após a conversão em viver na plenitude ou no controle do Espírito de Deus. A Bíblia está repleta de pessoas que foram cheias e dirigidas pelo Espírito. Estevão, por exemplo, deixou isto muito claro momentos antes de ser martirizado, pois no registro de Lucas observamos que em meio à dor e à humilhação, ele foi capaz de ver a glória de Deus (e não apenas seus algozes), sentia-se pronto para ir para o céu, amou seus inimigos orando por eles além de algozes), sentia-se pronto para ir para o céu, amou seus inimigos orando por eles além de perdoar aos seus maus feitos (Saulo estava entre eles – Atos 7.54-60). Podemos notar na vida desse gigante da fé a manifestação maravilhosa do fruto do Espírito na sua plenitude.

Pensamento da mensagem: Ser cheio do Espírito Santo não é ter mais do Seu poder, mas Ele ter mais de nós


I- “Mas o fruto do Espírito é...”

A manifestação do “fruto” é obra do Espírito Santo, e não o resultado do esforço humano, ou de exigências legalistas de qualquer religião. A partir do momento que desenvolvemos a nossa salvação (veja Filipenses 2.12), crescemos na graça e no conhecimento de Cristo (2Pedro 3.18) e nos despimos de todo acúmulo de maldade pela obediência à Palavra de Deus (Tiago1.21), em consequência disso, o fruto do Espírito cresce e aparece.

Amor: Do grego agape é o amor puro, desprendido, sacrificial, que Deus mostra para conosco. A única maneira de aprendermos este amor é olhando para seu exemplo. Em 1 João 4:7-12, lemos: "Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor. Nisto se manifestou o amor de Deus em nós; em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio dele. Nisto consiste of amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados. Amados, se Deus de tal maneira nos amou, devemos nós também amar uns aos outros. Ninguém jamais viu a Deus; se amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós, e o seu amor é, em nós, aperfeiçoado."

Sabemos, pelo exemplo de Deus, como amar. Este amor sempre procura o melhor para aqueles que são amados. Deus procurou o melhor para nós quando deu seu Filho. O esposo que ama sua esposa procura cuidar dela e protegê-la, até ao ponto de sacrificar sua vida para salvá-la (Efésios 5:25). O discípulo que ama Cristo obedece a tudo que o Senhor ordenou (João 14:15). Mas o imitador de Deus que ama seus inimigos não procura destruí-los, mas ajudá-los e salvá-los (Mateus 5:43-48). Não há maior desafio nas escrituras do que amar como Deus ama. Em contraste com as paixões da carne, vazias e passageiras, este amor é eterno (1 Coríntios 13:13).

Alegria: Do grego chara descreve o privilégio de regozijar em Cristo, apreciando as maravilhosas bênçãos de nossa relação com ele. Esta alegria não é dependente de nossas circunstâncias físicas. Dinheiro não compra esta alegria. Um dos livros do Novo Testamento que fala mais claramente sobre alegria foi escrito por um homem que sofreu muito. Enquanto ele estava na prisão, onde às vezes lhe faltava o essencial, Paulo escreveu a seus irmãos em Filipos: "alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos" (Filipenses 4:4; veja também 3:1; 1 Tessalonicenses 5:16). Muitas pessoas pensam que tal felicidade depende das circunstâncias. Até mesmo muitas igrejas falam tanto de saúde física e bênçãos materiais que dão a impressão de que essas coisas são necessárias à felicidade. A prosperidade física é nada mais do que um substituto barato e temporário para a alegria real que encontramos em Cristo. Os verdadeiros cristãos não consideram cada provação e dificuldade como um sinal de infidelidade ao Senhor, mas percebem que tais provações são ocasiões para alegria e oportunidades para crescimento espiritual (Tiago 1:2-4). Nossa alegria vem de Cristo, que é totalmente suficiente, não da temporária prosperidade material.

Paz: Do grego eirene, é uma atitude de serenidade, calma e força, tranquilidade e quietude de espírito, produzida pelo Espírito Santo, mesmo na adversidade e nas tribulações. Jesus nos prometeu essa paz; Ele disse: "A minha paz vos dou...” Ela deriva de nossa perfeita confiança (FÉ) em Deus, guarda os nossos corações da ansiedade, vem pela palavra de Deus e devemos buscá-la. Causa do pecado sem confissão, mas o Espírito nos traz de volta com a oração de confissão e leitura da Palavra de Deus. Exemplo em Jesus:- (João 14:27 e 16:33).

Benignidade: Do grego chrestotes, é uma espécie de gentileza no trato com os outros. Em Lucas: 6:35 vemos que Deus é benigno até para com os maus e ingratos. A benignidade está associada à ideia de amabilidade, brandura, compaixão e misericórdia. (Leia Mateus:25:40) - Jesus disse que quando fazemos através do amor ágape manifestado na benignidade, desinteressadamente a um pequenino irmão, nós estamos fazendo Para o Próprio Jesus.

Bondade: Do grego agathosune, é semelhante a benignidade. Esta palavra ressalta a generosidade em dar mais do que alguém merece. É a palavra que Jesus usou para descrever o homem que pagou ao seu empregado mais do que seu trabalho realmente valia (Mateus 20:15). Os cristãos não devem ser pessoas avarentas, tão preocupadas com o que é "certo" que perdem a capacidade de ser generosas e dar mais do que uma pessoa realmente merece. Deus é generoso para conosco. Podemos ser generosos para com outros.

Fidelidade: Do grego pistis, é uma qualidade que o Espírito Santo molda em nosso caráter cristão, caráter este que nos faz fiéis em tudo. Sendo o discípulo fiel no pouco, também o será no muito e sobre o muito será colocado (Leia Mateus 25.21). Esse fruto nos leva a sermos fiéis ao Senhor, ao próximo e a nós mesmos. Fiéis nos dízimos, nas ofertas, no tempo, nos pensamentos; entregando-os a Deus todo o nosso trato, acordo, negócios com próximo, e com os nossos compromissos financeiros, contribuindo com as causas justas e recuperação espiritual. Fiéis com nós mesmos, não nos vendendo por preço algum, não abrindo mão dos valores espirituais da Palavra de Deus. (Leia Apocalipse: 2:10) - Os que permanecerem Fiéis até a morte, receberão a Coroa da Vida.

Mansidão: Do grego prautes, é a calma ou brandura que manifestamos ante uma situação grave. Mansidão algumas vezes confundida com fraqueza e timidez, mas esta qualidade nunca é fraca. Mansidão, ou brandura, é a força sendo dominada. Moisés e Jesus eram mansos, mas mostravam força para enfrentar as autoridades poderosas de seu tempo e condenar claramente seus pecados.  O cristão tem que mostrar sua sabedoria com mansidão (Tiago 3:13). Os mansos herdarão a terra (Mateus 5.5). Do homem em relação a Deus, a mansidão representa a submissão inconteste à Sua vontade. Mansidão é o contrário exato de ira ou discórdia.

Domínio próprio: Do grego egkrateia, é a capacidade de governar nossos próprios desejos. Diferente da pessoa que anda na carne, como um escravo de paixões pecaminosas, o servo do Senhor deve mostrar o domínio próprio (2Pedro1:6). Esta característica nos capacita a negar nossos desejos carnais. A pessoa que aprende a se dominar é capaz de vencer os vícios e maus hábitos que governam as vidas de muitas pessoas que continuam a andar na carne. Que se domina, renuncia a si mesmo de forma inteligente, como um atleta que treina para vencer; 1 Coríntios 9.25), mantem o ego submisso ao querer de Deus. (Veja Provérbios 16:32).

II – ”Viver e Andar no Espírito”.

Isto só é possível se subjugarmos a nossa vontade; se crucificamos a velha natureza (v. 24). Viver no Espírito é a única maneira de nos libertarmos do domínio da natureza adâmica (veja Romanos 8.9), e essa nova forma de vida outorgada por Jesus Cristo na cruz do Calvário nos capacita a vivermos acima das preocupações deste mundo perdido.

A vida sob controle do Espírito é aquela que permanece na dimensão da fé (veja 2Coríntios 5.7), da Palavra, de Deus. Viver e andar são verbos que ilustram de que maneira devemos nos conduzir neste mundo, ou seja, sob a direção e o poder do Espírito de Deus. No grego, a palavra “andemos” é stoichomen, derivada de stoicheo, que significa: “pôr-se, andar, seguir em linha com”. Isto quer dizer que o Espírito Santo está á nossa frente, no caminho para o céu, e nos convida a segui-lo. Em outras palavras, devemos viver de maneira que agrade a Deus, encarnado as virtudes alistadas nos versículos 22 e 23 do estudo em foco.

Conclusão

O fruto do Espírito é a manifestação de virtudes morais, produzidas na vida do crente que vive sob a poderosa influência ou direção do Espírito Santo. Essas qualidades morais e éticas contrastam radicalmente com as obras da carne. De qual dessas virtudes necessitamos? O que precisamos fazer para incorporá-las à nossa personalidade? Está escrito que contra essas virtudes não há lei (v. 23), ou seja, não há restrição ou condenação alguma, pois é para isso que a lei existe.

Antônio Eugenio

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