E NECESSÁRIO NASCER DE NOVO
E havia entre os fariseus um homem, chamado Nicodemos, príncipe dos
judeus. Este foi ter de noite com Jesus, e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és
Mestre, vindo de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se
Deus não for com ele. Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te
digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. (João
3:1-3)
Introdução
A princípio, o que chamou a atenção de Nicodemos foram os milagres de
Jesus. Desejava saber mais sobre Jesus e as doutrinas que ensinava. O próprio
Nicodemos era “o mestre dos Judeus” (Leia Jo 3:10) e tinha grande respeito pelo
Mestre da Galiléia. Ele era fariseu e vivia dentro das normas religiosas mais
rígidas possíveis. No entanto, nem todos os fariseus eram hipócritas. Nicodemos
foi extremamente sincero em sua busca pela verdade. Era um homem de altíssimo
caráter moral e de profundo anseio espiritual, mas que sofria de grande
cegueira espiritual. A fim de ensinar Nicodemos a respeito das verdades básicas
da salvação, o Senhor lhe falou da experiência universal do nascimento. O termo
traduzido por “nascer de novo” significa “nascer do alto”. Apesar de todos os
seres humanos terem passado pelo nascimento natural neste mundo, caso desejam
ir para céu, devem passar pelo nascimento espiritual do alto. Nicodemos não
entendeu o que o Salvador dizia. Jesus estava se referindo ao nascimento
espiritual, mas Nicodemos não conseguia pensar além do nascimento físico.
Pacientemente, Jesus o ensinou que nascer de novo, significa nascer do
Espírito. Assim como e necessário pais biológico para que ocorra o nascimento
físico, também são precisos dois pais para que se de o nascimento espiritual: o
Espírito de Deus (Jo3.5) e a palavra de Deus (Tg 1.18). Na verdade o Espírito
de Deus usa a palavra de Deus (Leia Efésios 6.17) e, quando o pecador crê, Deus
lhe concede vida espiritual que e o novo nascimento. Uma vez gerado por Deus,
sua vida se torna radicalmente mudada.
I. A pessoa nascida de novo é dominada pelo Espírito de Deus. (Romanos
8.5)
Quem não teve a experiência do novo nascimento, sua vida e dominada
pela natureza humana pecaminosa; cujo seu foco e centro é o eu. É uma vida
absorvida pelas coisas que fascinam a natureza humana pecaminosa; a vida cuja
única lei é os seus próprios desejos; a vida que toma o que quer - onde quer.
Em diferentes pessoas esta vida será descrita de diferentes maneiras. Pode
estar dominada pela paixão, ou pela luxúria, ou pelo orgulho, ou pela ambição.
Sua característica é seus desejos são pelas coisas sobre as quais a natureza
humana sem Deus põe o seu coração... Que como conseqüência, receberá o
justo juízo de Deus (Romanos 2.5). Que para tristeza nossa - muitos crentes não
regenerados, estão inseridos neste tipo de vida que desagrada a Deus.
Entretanto, no coração do homem que teve a real experiência do novo
nascimento, está o Espírito de Deus. Ele vive em Cristo, nunca separado dele.
Não tem uma mente própria. Cristo é sua mente. Não tem desejos próprios; a
vontade de Cristo é sua única lei. Está dominado pelo Espírito, dominado por
Cristo, focalizado em Deus.
Estas duas vidas partem em direções diametralmente opostas. A vida
dominada pelos desejos e pelas atividades da natureza pecaminosa está no
caminho da morte. No sentido mais literal, não tem futuro. Isto se deve a que
se aparta cada vez mais de Deus. Permitir que as coisas do mundo dominem
completamente a vida é auto-extinguir-se; é um suicídio espiritual; é,
novamente no sentido mais literal, a destruição da alma. Ao viver nela o homem
torna-se totalmente inapto para apresentar-se perante a presença de Deus. É
hostil a Deus; está contra a Lei de Deus e o seu domínio. Deus não é seu amigo
(leia Tiago 4;4), mas seu inimigo, e ninguém jamais ganhou a última batalha
contra Deus.
No entanto, a vida dominada pelo Espírito, e centrada em Cristo, e
focada em Deus, está a caminho da Vida. Diariamente se vai aproximando do céu
mesmo que ainda esteja na Terra. Diariamente se assemelha mais a Cristo, é mais
um com Cristo. É uma vida em tão firme progresso para com Deus que a transição
final da morte é só uma etapa natural e inevitável no caminho. É como Enoque
que caminhou com Deus e Deus o arrebatou. Como disse um menino: "Enoque
era um homem que ia caminhando com Deus — e um dia não voltou." Portanto,
experimente a maravilhosa realidade do novo nascimento é, tenha sua vida
totalmente guiada (dominada) pelo Espírito de Deus.
II. A pessoa nascida de novo anda por fé e não por vista. (2 Coríntios
5.7)
Para o autor de (Hebreus 11:1-2) a fé é absolutamente segura de que o
que se crê é verdade e o que se espera tem que sobrevir. Não é uma fé que olha
para frente com um anelo ansioso; é a fé que enfrenta o futuro com absoluta
certeza. Não é uma fé vacilante que se refugia num possivelmente, mas sim que
se funda numa convicção.
Nos antigos dias de perseguição levaram a um humilde cristão perante
os juízes, o qual lhes disse que nada do que fizessem poderia comovê-lo porque
cria que se era fiel a Deus, Deus seria fiel a ele. "Pensa
verdadeiramente", perguntou-lhe o juiz, "que alguém tal como você
participará de Deus e de sua glória?" "Não o penso", disse o
homem, "sei".
Esta fé cristã é tal que rege toda a conduta do homem e domina sua
ação. O cristão nascido de novo vive de fé em fé (leia Romanos 1;17). E a fé
nas Escrituras é que nos faz agir como agimos.
Podemos distinguir três direções nas que se encaminha, a nossa
esperança baseada na fé em Deus.
1. A esperança cristã é confiança em Deus contra o mundo.
Se seguirmos as normas do mundo bem pode ser que obtenhamos folga,
comodidade e prosperidade; se seguirmos as normas de Deus pode ser que soframos
tribulação, perdas, desconfortos e impopularidade. E bem pode ocorrer que
devamos abandonar as recompensas do mundo. A esperança cristã tem a convicção
que é melhor sofrer com Deus que prosperar com o mundo. No livro de Daniel,
Sadraque, Mesaque e Abede-Nego encontram-se em face da alternativa de escolher
entre obedecer a Nabucodonosor, dando culto a sua imagem ou obedecer a Deus e
ser lançados no forno de fogo ardente. Sem nenhuma vacilação escolhem a Deus
(Daniel 3).
Quando Bunyan teve que comparecer perante o tribunal disse: "Com
a fortaleza de Deus em minha pobre alma antes de comparecer perante a justiça,
peço a Deus que se posso fazer maior bem estando em liberdade que na prisão,
conceda-me a liberdade. Mas se não, que se faça sua vontade". Toda a
atitude cristã consiste em que, em termos de eternidade, o homem ou a mulher
nascido do alto não pode sair perdendo por ser fiel a Deus. O cristão não tem
dúvida alguma de que é melhor arriscar tudo por Deus que confiar na recompensa
do mundo.
2. A esperança cristã é confiança no Espírito contra os sentidos.
Os sentidos dizem ao homem: "Toma o que desejas: o que pode
apalpar e provar, dirigir e desfrutar.
Os sentidos nos aconselham a nos apegar às coisas do momento; o
Espírito, pelo contrário nos diz que há algo mais além delas. A pessoa que
nasceu de novo crê ao Espírito em vez de aos sentidos.
3. A esperança cristã é confiança no futuro contra o presente.
Há muito tempo Epicuro disse que o fim principal da vida é o prazer.
Mas não quis dizer o que muitos imaginam. Quer dizer, insistia em que devemos
olhar mais além do imediato. A coisa que no momento causa prazer pode a longo
prazo causar tribulação, e neste caso não se trata de algo bom. O que no
momento fere com fúria pode, a longo prazo causar felicidade; neste caso
trata-se de algo bom.
O cristão tem a segurança de que a longo prazo ninguém pode enforcar
ou proscrever a verdade. Está seguro de que "grande é a verdade e no final
prevalecerá". No momento pareceria que Pilatos teria esmagado a Cristo.
Mas o veredicto do futuro lança por terra o veredicto do momento. O autor de
Hebreus continua afirmando que precisamente porque os grandes heróis da fé
viveram sobre este princípio desfrutaram do testemunho e da aprovação de Deus.
Todos recusaram a grandeza do que o mundo chama "fazer carreira", a
segurança do que o mundo chama decisão prudente; e se lançaram totalmente ao
lado de Deus. A história demonstrou que tinham razão. Sendo assim, andemos por
fé. É andar por fé é, característica de quem nasceu de novo. O escritor aos
Hebreus deixou escrito que sem fé e impossível agradar a Deus. (Hebreus 11.6)
III. A pessoa nascida de novo esta livre da condenação eterna.
(Romanos 8.1)
Em primeiro lugar - com a expressão agora, Paulo reata com o ponto em
que as coisas já haviam chegado em (Romanos 7.6) “que diz que estamos livres da
lei”. Dessa forma também foi silenciada a acusação da lei. O desespero de
Paulo, conforme (Rm 7.24) que disse: Miserável homem que eu sou! Quem me
livrará do corpo desta morte? Atinge como chumbo o eu adâmico, é traspassado
pela exclamação: nenhuma condenação. “Ressoa que a vida está justificada”. Os
que crêem estão aí ornados com justiça é sobre os mesmos já não há condenação.
Em segundo lugar - essa salvação tem uma localização definida em
Cristo Jesus. Essa expressão em Cristo. Fala do nosso relacionamento com o
Senhor após te-lo aceitado como salvador. Por exemplo: Cristo junto de nós,
conosco, sobre nós, diante de nós, no meio de nós ou em nós. Todas elas têm em
comum a idéia da proximidade. Em contraposição, a expressão “nós em Cristo” é
presidida pelo fato de pertencermos a Ele, em virtude de termos sido implantado
nEle (Rm 6.5), formamos uma associação com Ele, uma única aliança de vida, ou,
nas palavras de Lutero: “um bolo”. Sua morte, sepultamento e ressurreição não
são meras informações que apenas ouvimos como fatos acontecidos fora de nós,
mas de que nós participamos.
Conclusão
Prezado leitor, e necessário nascer de novo confessando Jesus como
único e suficiente salvador de sua vida. Com este ato de sua parte... Sua vida
será governada pelo Espírito de Deus. O Espírito de Deus lhe conduzirá a andar
por fé é, não pelo aquilo que você contempla através de seus olhos físicos é,
como conseqüência, você passará a eternidade com Deus no céu repleto de gloria
e felicidade.
Antonio E F Pacifico
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