Aprendendo a Falar a Linguagem De Deus
Porque, quem conheceu a mente
do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo. (1 Coríntios 2:16)
Introdução
Como
crentes, precisamos entender a alma e ser treinados para discernir as suas
atividades. Como definido neste estudo, a alma está cheia do “eu”, ela pode e
deve ser purificada e transformada em um vaso pronto para o uso do Mestre. (2
Tm 2.21)
A língua expressa o que pensamos, sentimos e queremos. A
mente diz o que pensamos, não necessariamente o que Deus pensa. A vontade diz o
que queremos, não o que Deus quer. As emoções dizem o que sentimos, não o que
Deus sente. Ao mesmo tempo em que nossa alma é purificada, também é treinada
para conduzir os pensamentos, desejos e sentimentos de Deus e, assim, transformar-nos
em porta-vozes do Senhor.
A
palavra de Deus ensina, em 1 Co 2.16, que nos foram dados, a mente de Cristo e
os pensamentos, sentimentos e propósitos do seu coração. Temos a mente de
Cristo, mas a alma não crucificada os “impede” de aparecer. Há uma luta
contínua entre a carne e o espírito. O
corpo e a alma unidos formam o que a Bíblia se refere como “a carne”. Portanto,
usaremos os termos “a alma” e “a carne” alternadamente.
O
homem quer pensar seus próprios pensamentos, mas Deus deseja usar a mente do
homem para pensar os pensamentos dele. O homem tem seus próprios desejos, que
podem ser mudados conforme os desejos de Deus, se ele se submeter ao Espírito
Santo. O homem vive grande parte de sua vida guiado por seus sentimentos, que
parecem ser o inimigo número um dos crentes. Os sentimentos podem ser treinados
a estar sob liderança do Espírito, mas este é um processo que requer tempo e
zelo.
Neste
livro fala-se sobre a língua, que pode expressar a carne ou o espírito. Ela
pode ser usada para verbalizar a Palavra de Deus ou como um veículo para
expressar a obra do inimigo. Creio que nenhum filho de Deus quer ser usado como
um-porta voz do diabo, mas muitos o são.
Pv
18.21. Não há nenhum outro assunto na Bíblia que deveríamos levar mais
seriamente em conta do que a língua. Ela pode ser usada para trazer bênçãos ou
destruição, não somente para nós, mas também para muitos outros.
Livros
excelentes têm sido escritos sobre a língua. Quando Deus colocou no meu coração
o desejo de escrever um livro sobre esse assunto, devo admitir que pensei:
“Para quê O que posso dizer que já não tenha sido dito”? Mas creio, realmente,
que Deus quis que este livro fosse escrito e também que ele será oportuno na
vida de todos aqueles que o lerem. Oro
para que a unção do Espírito Santo esteja neste livro, de maneira poderosa,
para trazer revelação, convicção e arrependimento. Oro para que, enquanto você
o estiver lendo, cada palavra desperte em sua alma um novo desejo de ser um
porta-voz de Deus.
Aprendendo a Falar a
Linguagem de Deus
E Jesus, respondendo,
disse-lhes: Tende fé em Deus; Porque em
verdade vos digo que qualquer que disser a este monte: Ergue-te e lança-te no
mar, e não duvidar em seu coração, mas crer que se fará aquilo que diz, tudo o
que disser lhe será feito. Marcos
11:22-23
Você
tem problemas? A resposta está bem debaixo do seu nariz. Pelo menos, em grande
parte. Não creio que alguém possa viver em vitória sem estar bem informado do
poder das palavras. Normalmente, quando temos montanhas em nossa vida, falamos
sobre elas; mas a palavra de Deus nos instrui a falar para elas, como
observamos nas palavras de Jesus nessa passagem.
Você Está Falando sobre
Suas Montanhas – ou para Suas Montanhas?
Quando
Jesus disse para falarmos à nossa montanha, em fé, ordenando que se erga e se
lance ao mar, essa é uma declaração fundamental que merece um estudo.
Em
primeiro lugar, o que falamos para as montanhas em nossa vida? É obvio que não
é para lançar sobre elas a nossa vontade, mas sim a vontade de Deus expressa em
sua Palavra. Em
Lucas 4, quando Jesus estava sendo tentado por Satanás no deserto, ele
respondeu a cada tentação com a palavra de Deus. Jesus, repetidamente, diz
“Está escrito”, e os versículos citados vão de encontro às mentiras e decepções
do diabo se seguem.
Temos
uma tendência de “tentar” isso por um tempo e, quando não vemos resultados
rápidos, paramos de falar a Palavra para os problemas e novamente começamos a
falar nossos sentimentos, que é, provavelmente, o que nos levou ao começo de
tudo.
Um
entalhador pode martelar uma pedra 99 vezes sem que haja evidência de que
esteja acontecendo alguma coisa. Então, na centésima vez, ela pode partir-se em
duas. Cada golpe estava enfraquecendo a pedra, sem que houvesse sinais que o
indicassem. A persistência é um elo vital para a vitória. Devemos saber que
cremos e dedicar-nos a conhecê-lo até ver o resultado.
Obediência e perdão são
tão importantes quanto à fé e a perseverança
Por isso vos digo que todas as
coisas que pedirdes, orando, crede receber, e tê-las-eis. E, quando estiverdes orando, perdoai, se tendes
alguma coisa contra alguém, para que vosso Pai, que está nos céus, vos perdoe
as vossas ofensas. Mas, se vós não
perdoardes, também vosso Pai, que está nos céus, vos não perdoará as vossas
ofensas. Marcos 11:24-26
Para
ter certeza de que mantemos o equilíbrio neste ensinamento, deixe-me dizer-lhe
que falar a palavra de Deus é algo poderoso e absolutamente necessário para
vencer. No entanto, essa não é a única doutrina na Palavra de Deus.
Por
exemplo, a obediência é igualmente importante. Se uma pessoa pensa que pode
viver em desobediência e ao mesmo tempo falar a palavra de Deus para suas
montanhas e, ainda assim, ser vitoriosa, ficará profundamente desapontada, como
Jesus demonstra claramente nessa passagem.
Mc
11.22-26 deve ser considerado como um todo. No versículo 22 Jesus disse que
devemos ter fé em Deus. No versículo 23, ele ensina a liberar a fé falando para
as montanhas. No versículo 24, ele fala da oração e da importância de orar,
crendo. No versículo 35, Jesus manda perdoar. E no 26 ele afirma claramente
que, se não perdoamos, também nosso Pai celestial não perdoará as nossas
ofensas.
Não
há nenhum poder em falar a uma montanha se o coração estiver cheio de falta de
perdão. E esse é um problema endêmico entre os filhos de Deus.
Multidões
de pessoas aceitam Cristo como Seu Salvador pessoal se decepciona ao tentar
colocar em prática um dos princípios de Deus enquanto ignora completamente
outro. Obediência
é o tema central da Bíblia. Para muitos de nós, a vida está um caos por causa
da desobediência. A desobediência pode ser resultado de ignorância ou de
rebelião. A única maneira de sair do caos é arrepender-se e retornar a
submissão e à obediência.
Não Ignore os “Sés” e os
“Mas”
E será que, se ouvires a voz
do SENHOR teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que eu
hoje te ordeno, o SENHOR teu Deus te exaltará sobre todas as nações da terra. E todas estas bênçãos virão sobre ti e te alcançarão,
quando ouvires a voz do SENHOR teu Deus; Deuteronômio
28:1-2
Por
favor, observe os “sés” nesta passagem. Com muita freqüência, escolhemos
ignorar os “sés” e os “mas” na Bíblia. Considere,
por exemplo, 1 Coríntios 1.9-10
Fiel é Deus, pelo qual fostes
chamados para a comunhão de seu Filho Jesus Cristo nosso Senhor. Rogo-vos, porém, irmãos, pelo nome de nosso Senhor
Jesus Cristo, que digais todos uma mesma coisa, e que não haja entre vós
dissensões; antes sejais unidos em um mesmo pensamento e em um mesmo parecer.
Deus
é fiel, e nos beneficiamos dessa fidelidade ao honrá-lo em obediência nos
relacionamentos. A desobediência não muda a Deus. Ele é fiel, apesar da
desobediência. A obediência , no entanto, abre a porta para a benção, que já
foi liberada por causa da bondade de Deus.
Este
livro seria uma tragédia, na minha avaliação, se eu tentasse ensinar que
podemos receber o que dizemos sem esclarecer que isso deve se alinhar com a
Palavra de Deus e sua vontade. “Falar para nossas montanhas” não é um passe de
mágica ou encantamento que usamos quando estamos com problema, ou quando
queremos alguma coisa e continuamos num estilo de vida desobediente e carnal.
Crianças
E eu, irmãos, não vos pude
falar como a espirituais, mas como a carnais, como a meninos em Cristo. 1 Coríntios 3:1
Enquanto
estivermos na carne devemos orar e esperar que Deus nos mostre misericórdia e
não nos dê o que pedimos. Falamos muitas coisas que são da nossa vontade, e não
da vontade de Deus, simplesmente porque não conhecemos a diferença. Como “bebês
em Cristo”, simplesmente não sabemos como falar ainda, como Paulo diz nesta
passagem:
Assim como bebês
naturais devem aprender a falar a língua dos mais velhos, assim os cristãos
devem aprender a falar a maneira de Deus. Aprendendo a falar a
linguagem de Deus
Porque qualquer que ainda se
alimenta de leite não está experimentado na palavra da justiça, porque é
menino. Mas o mantimento sólido é para os
perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para
discernir tanto o bem como o mal.
Hebreus 5:13-14
Precisamos
de tempo para aprender a Palavra de Deus e conhecer seu coração. Embora muitas
coisas estejam claramente definidas na Palavra e seja óbvio qual é a vontade de
Deus, há outras coisas que não estão escritas em preto-e-branco. Devemos
conhecer o seu coração e ser guiados pelo seu Espírito.
A
Bíblia não diz que tipo de carro comprar ou quando vender a casa e comprar uma
nova ou em qual empresa trabalhar. Quando trabalhamos em uma empresa e queremos
uma promoção, esse desejo pode ser a vontade de Deus para nós; mas também pode
ser cobiça. Como saber a diferença? O tempo é a resposta.
Leva
tempo para conhecer a Deus, conhecer nosso próprio coração e ser totalmente
sinceros com nós mesmos e com Deus. Leva tempo para aprender sobre motivações e
discernir se as nossas são puras.
“Se for da tua vontade”
[...] Nada tendes; porque não
pedis; Pedis, e não recebeis, porque pedis
mal, para o gastardes em vossos deleites. Tiago
4:2-3
Uma
vez ouvi dizer que uma pessoa de fé nunca orará: ”Se for da tua vontade”. Não
houve nenhuma outra explicação, portanto, como uma recém – convertida, tomei a
declaração ao pé da letra. Da mesma forma, ouvi que eu poderia ter o que
dissesse, mas ninguém me falou que eu precisava crescer. Talvez alguém tenha
dito, mas estava tão cheia de mim mesma que não ouvi. Estava totalmente fora do
equilíbrio. Eu queria o que queria e pensei que tinha encontrado uma nova forma
de conseguir. Ha algumas coisas tão claras na Palavra de Deus que não temos que
orar “se for da tua vontade”. A
salvação é um bom exemplo.
Em
1 Timóteo 2.3-4 ,a Bíblia declara que é da vontade de Deus que todos sejam
salvos e cheguem ao seu pleno conhecimento.
Eu
nunca oraria, “querido Pai Celestial, peço, em nome de Jesus que salves
determinada pessoa se for da tua
vontade”. Eu já sei que é da vontade de Deus salvar aquela pessoa.
Tiago
4,2 diz que não temos porque não pedimos. O versículo 3 diz que, às vezes,
pedimos e não recebemos porque pedimos mal e por motivos egoístas.
Percebo
que, às vezes, é difícil pensar isso de nós mesmos, contudo é verdade,
principalmente para o crente que não permitiu o processo de purificação de Deus
em sua vida. Nesse estado, uma pessoa tem Deus dentro dela, mas também tem uma
abundância de “si” mesma.
Quando
o que pedimos não está claramente descrito na Palavra e não temos certeza da
resposta de Deus, é sábio, e é um ato de verdadeira submissão, orar “seja feita
a tua vontade.” Lembro-me
de um exemplo, muitos anos atrás, quando meu marido Dave e eu estávamos de
férias num lindo lugar na Geórgia. Estávamos muito cansados, e Deus permitiu
que tivéssemos um tempo de folga para recobrar nossas energias. Gostamos tanto
do lugar que planejamos levar nossos filhos para passar umas férias prolongadas
no ano seguinte. Estávamos cheios de planos e animadamente falávamos sobre
eles. Comecei a “declarar” (fazer uma confissão verbal): “Voltaremos aqui nas
férias do ano que vem, e toda nossa família será abençoada neste lugar.”
De
repente, o Espírito Santo falou em Tiago 4.15: Em vez disso, devíeis dizer: se
o Senhor quiser, não só viveremos como também faremos isto ou aquilo. E mais
tarde, ao estudar este versículo, também observei o versículo 16: Agora,
entretanto, vos jactais (falsamente) faz vossas arrogantes pretensões. Toda
jactância semelhante a essa é maligna.
Há
uma diferença entre fé e confiança, tolice e presunção. A menos que a diferença
seja discernida, a vida espiritualmente se torna uma tragédia, em vez de um
triunfo.
Pessoalmente,
não sinto que seja fraca na fé quando oro: “Senhor eu quero isto - se for da
tua vontade, se isso se encaixa no teu plano, se for o teu melhor para mim e se
for no teu tempo.” Provérbios
3.7 diz: Não sejas sábio aos teus próprio olhos... Guardo esse versículo no
coração e, acredite, ele me poupou de muita angustia.
Houve
um tempo em que pensei que soubesse tudo e que, se todos me ouvissem, nos
daríamos bem. Descobri, no entanto, que não sei absolutamente nada, comparado
como que Deus sabe.
Devemos
resistir à tentação de brincar de ser o “Espírito Santo”. Pelo contrário,
devemos deixar Deus ser Deus.
Equilíbrio, sabedoria,
prudência, bom senso e bom julgamento
Todo prudente procede com
conhecimento, mas o insensato espraia a sua loucura. Provérbios 13:16
Percebo
que, nos meus vinte anos de observação no Reino de Deus, que pessoas e mestres
têm dificuldade com o equilíbrio. A doutrina que se refere ao poder das
palavras, à língua, à confissão, a proclamar as coisas que não são como se
fossem e chamar coisas à existência é um exemplo pelo qual tenho visto pessoas
chegarem ao extremo. Parece que a carne quer viver à beira do caminho e tem
dificuldade em se manter nos limites de segurança.
Sede sóbrios; vigiai; porque o
diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem
possa tragar; 1 Pedro 5:8
Os
extremos são, na verdade, o playground do diabo. Se ele não pode levar um
crente a ignorar completamente uma verdade e viver decepcionado, sua próxima
tática será torná-lo tão parcial e sem equilíbrio com aquela verdade que não
estará numa condição melhor do que antes. Às vezes, ele estará bem pior.
A
sabedoria é o tema central da Palavra de Deus. Na verdade, não há verdadeira
vitória sem ela. No
Webstr´s II New College Dictionary,
sabedoria é definida como “1. Compreensão do que é verdadeiro , certo ou
duradouro. 2. Bom julgamento , senso comum.” Tenho lidado com muitas pessoas
nos últimos anos, tanto leigos quanto ministros da Igreja, que simplesmente não
usam o bom senso.
A
sabedoria não é radical. Provérbios 1.1-4 diz que a sabedoria é cheia de
prudência e a prudência é boa despenseira.
Neste
mesmo dicionário, prudência é definida como “administração cuidadosa,
ECONOMIA.” O adjetivo prudente é definido como “usar bom julgamento ou bom
senso ao lidar com assuntos práticos”. Creio que podemos dizer que sabedoria é
uma combinação de equilíbrio, bom senso e bom julgamento.
Um
mestre da Palavra de Deus tem a responsabilidade de se fazer entender de
maneira sensata, para que os crentes de qualquer nível espiritual o
compreendam. Fazer uma declaração generalizada de que “você pode ter o que diz”,
sem qualquer explicação, é perigosa para o cristão imaturo. Creio que, como
mestres chamados para treinar os filhos de Deus, é nossa responsabilidade
perceber que nem todos que nos ouvem compreendem essa declaração. Significa que
você pode ter o que diz, se o que diz está alinhado com a Palavra e a vontade
de Deus naquele momento particular.
As
pessoas carnais ouvem a mensagem com um “ouvido carnal”. Durante seu crescimento
espiritual, elas podem ouvir a mesma mensagem de maneira completamente
diferente do que ouviram na primeira vez.
Isso
não quer dizer que a mensagem estava errada, mas um pouco mais de
esclarecimento poderia ter evitado que os “bebês” espirituais ficassem
inseguros.
A
maioria dos mestres tem uma “tendência” própria em seus ensinamentos – o que é
legitima. Isso tem a ver com o chamado de Deus na vida deles. Alguns são
chamados para exortar e manter os filhos de Deus animados, zelosos e perseverantes,
outros podem ser chamados para ensinar a fé e outros, prosperidade. Há aqueles
que são chamados para ensinar quase que exclusivamente finanças. Muitos têm
sido chamados para ensinar e ministrar sobre a cura.
Penso
que quando as pessoas são chamadas para fazer alguma coisa, estão tão cheias do
que Deus colocou nelas que , se não forem cuidadosas, podem ficar tendenciosas.
Podem começar a agir como se o que estão ensinando fosse à única coisa
importante na Bíblia. Isso pode não ser intencional, mas novamente sinto que é
nossa responsabilidade ter certeza de que estamos apresentando o material de
forma equilibrada, lembrando que os “bebês em Cristo” só conhecem o que
ministramos a eles, e nada mais.
Creio
fortemente no poder da confissão. Creio que devemos falar para nossas montanhas
e também que muitas , senão a maioria, das respostas aos problemas estão
definitivamente bem debaixo do nosso nariz – na língua. Creio fortemente na
maturidade do crente, na crucificação da natureza carnal, na morte do egoísmo, na
necessidade da obediência e na submissão ao Espírito Santo.
Em
outras palavras, não estou tentando ensinar algo que somente o ajude a sair do
problema ou conseguir algo que você queira. Tenho esperança de ajudá-lo a
aprender como cooperar com o Espírito Santo para ver a vontade de Deus cumprida
em sua vida.
Extraído do Livro: Eu e Minha Boca Grande –
Autora: Joyce Meyer
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